Vereadora Jana Coan cobra segurança e recebe garantia de delegado para Orleans
Durante entrevista à Rádio Guarujá, vereadora também defendeu projeto educativo da Polícia Civil nas escolas e pediu assistente social na delegacia para atendimento às vítimas de violência.

Na manhã desta quinta-feira (24), a vereadora de Orleans, Genaina Coan (PL), conhecida como “Jana”, participou ao vivo do Jornal da Guarujá, onde comentou sua recente visita a Florianópolis, na qual se reuniu com o delegado-geral da Polícia Civil, doutor Ulisses Gabriel, e outros representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública. O objetivo do encontro foi discutir demandas de segurança para o município, com destaque para a ausência de um delegado efetivo na cidade. “Nós estamos sem um delegado efetivo em Orleans. Fui especialmente a Florianópolis para conversar com o doutor Ulisses sobre isso. A minha maior preocupação é essa. Pode acontecer algo grave na cidade, e até chegar um delegado de plantão, pode ser tarde demais”, afirmou a vereadora.
Durante a reunião, o delegado-geral a Polícia Civil comprometeu-se em nomear um delegado efetivo para Orleans já no mês de julho.
Além disso, Jana tratou de outros temas relacionados à segurança nas escolas. Um dos projetos discutidos foi o “K9 nas Escolas”, que prevê palestras da Polícia Civil em instituições de ensino, com o objetivo de aproximar os agentes das crianças e conscientizar sobre o papel da polícia. “Vamos trazer sempre a polícia para perto das nossas crianças. Mostrar que o policial é amigo, é quem nos defende. A polícia não é inimiga, é quem sai de casa para nos proteger”, destacou.
A vereadora também defendeu a presença de uma assistente social na delegacia da cidade para atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo ela, esse profissional seria um elo entre a delegacia e os serviços sociais do município, oferecendo suporte imediato às vítimas. “É muito banal dizer que a mulher fica em casa porque gosta de apanhar. Muitas vezes ela não tem para onde ir. Quem somos nós para julgar?”, questionou. “Quando uma mulher é agredida, ela vai direto à delegacia, não à Secretaria de Assistência Social. É ali que ela precisa de acolhimento imediato”, explicou.
Jana afirmou que vai apresentar uma indicação formal solicitando a lotação de uma assistente social na delegacia de Orleans.
Bastidores da política
Durante a entrevista, Jana também comentou sobre sua atuação na Câmara Municipal, onde exerce seu primeiro mandato. Disse que o trabalho político tem gerado conflitos, mas que isso faz parte da vida pública. “A política te ensina a fazer inimigos. Fui diretora de escola por anos, sempre bem relacionada, mas na política é diferente. Quando você começa a mostrar trabalho, começa a ser criticada. Como dizem, ninguém atira pedra em árvore que não dá frutos”, desabafou.
A vereadora também comentou projetos em tramitação na Câmara, como a proposta do vereador Murilo Hoffmann (NOVO) sobre a nomeação com sobrenome de espaços públicos que possam receber patrocínios. “Se for mil reais para ter um sobrenome no nosso ginásio, e isso ajudar a pagar camisetas para os alunos, estaremos investindo em esporte”, argumentou.
Por fim, reforçou que, apesar das críticas, está motivada e comprometida com sua missão pública. “No início, eu senti o baque. Não fazia parte da minha convivência. Mas agora eu aprendi, já tiro de letra, durmo o meu sono tranquilo. Quem não quiser falar comigo, está perdendo uma grande oportunidade de conversar sobre política com uma mulher inteligente e trocar ideias . O problema não é meu”, concluiu.
Confira entrevista completa