Governo de SC anuncia ampliação de investimentos em pesquisas contra o mosquito transmissor da dengue
O Governo do Estado de Santa Catarina formaliza, na tarde desta terça-feira (10), a suplementação de 9,5 milhões de reais para o financiamento de estudos voltados ao controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus. Com o novo aporte, o total de recursos destinados à pesquisa chega a 15 milhões de reais. O investimento será direcionado para 18 projetos de pesquisa, com o objetivo de encontrar soluções inovadoras no combate ao mosquito.
O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Fábio Wagner Pinto, destacou a importância da iniciativa para o combate às arboviroses que assolam o estado. “A infestação do Aedes aegypti e as doenças que ele transmite são de grande atenção para o estado. Tínhamos inicialmente um edital com 6 milhões de reais, mas recebemos propostas extraordinárias. Com isso, alinhados com o governador Jorginho, decidimos ampliar os recursos e contemplar 18 projetos em Santa Catarina voltados para o combate ao mosquito”, afirmou Pinto. Entre as pesquisas contempladas estão tecnologias inovadoras como tecidos repelentes e técnicas de combate às larvas do mosquito.
Santa Catarina enfrenta uma situação alarmante em 2024, com 348 mil casos prováveis de dengue e 340 mortes registradas, números que se tornaram os maiores da história do estado. O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive-SC), João Fuck, enfatizou que a principal causa dessa crise é a proliferação do Aedes aegypti. “O mosquito Aedes aegypti é o principal fator de risco para a transmissão da dengue, chikungunya e zika. Os números históricos refletem o aumento da infestação no estado. Em 2014, tínhamos apenas 8 municípios infestados, mas em 2024, esse número saltou para 175 municípios”, explicou Fuck.
Fábio Wagner Pinto também projetou o tempo necessário para a realização das pesquisas. “Várias universidades, como a da UNO e de Chapecó, já têm projetos em andamento, e com o novo investimento, os resultados começarão a ser mais rápidos. Esperamos ver os primeiros frutos das pesquisas já em 2025, enquanto outras continuarão por mais dois anos”, detalhou Pinto.
Os pesquisadores contemplados com os investimentos estaduais foram recebidos pelo governador Jorginho Mello, no Centro Administrativo do Governo, em Florianópolis, onde discutiram o andamento das pesquisas e as expectativas para o futuro no combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.