Santa Catarina voltou a registrar um aumento expressivo nos casos de Covid-19 nas últimas semanas. Segundo o diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), João Augusto Fuck, o Estado vinha apresentando uma redução na transmissão da doença ao longo do ano, mas esse cenário mudou recentemente.

“Na metade do ano, tínhamos cerca de 50 casos por semana. No entanto, esse número foi aumentando, e agora estamos vendo entre 700 e 800 casos por semana”, explicou o diretor.

Desde o início da pandemia, Santa Catarina contabilizou 23.172 óbitos pela doença. Em 2024, foram confirmadas 164 mortes, a maioria entre idosos acima de 60 anos, com maior impacto na faixa etária dos 80 anos ou mais.

Vacinação salva vidas

João Augusto destacou o papel essencial da vacinação na redução da gravidade dos casos e na prevenção de óbitos, mas reforçou que a Covid-19 ainda é uma ameaça à saúde pública. “A vacina trouxe um outro perfil para a doença. Não temos mais o número elevado de óbitos e hospitalizações como em 2021, mas a Covid-19 continua circulando. É importante lembrar as pessoas das medidas de prevenção e da vacinação”, disse.

Além da imunização, o diretor enfatizou a importância das medidas preventivas não farmacológicas, como o uso de máscaras, a higienização das mãos e a manutenção de ambientes ventilados. “Pessoas sintomáticas devem usar máscara, evitar aglomerações e buscar locais arejados. Essas ações ajudam a reduzir a transmissão de pessoa para pessoa”, orientou.

SUS: acesso à saúde

Outro ponto destacado por João Augusto foi o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele lembrou que o sistema está disponível para toda a população brasileira, incluindo visitantes e turistas. “O SUS é para todos. Se alguém está de passagem por Santa Catarina e precisa se vacinar ou tirar dúvidas, pode procurar uma unidade de saúde. O sistema é para todos, independente de onde morem”, reforçou.

Sintomas e orientações

A Covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, apresenta sintomas como febre, cansaço e tosse seca. Outros sinais menos comuns incluem perda de paladar ou olfato, congestão nasal, dor de garganta, dores no corpo, erupções cutâneas, náuseas e diarreia. Em casos graves, como dificuldade para respirar ou pressão no peito, é essencial buscar atendimento médico imediato.

O diretor da Dive reforçou a importância de permanecer vigilante. “Embora tenhamos avançado muito, a Covid-19 não acabou. A vacinação, junto com as medidas de prevenção, continua sendo a melhor forma de proteger a nossa saúde e a dos outros.”