Afogamentos de crianças: Corpo de Bombeiros reforça a importância da atenção redobrada
Afogamentos são uma das principais causas de mortes acidentais entre crianças de 1 a 4 anos. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático apontam que, no Brasil, a cada três dias, uma criança morre afogada. A maioria dos casos ocorre em casa, especialmente em piscinas, mas banheiras, baldes e açudes também representam riscos.
Com menores de idade, especialmente as crianças, a atenção precisa ser constante pois um afogamento acontece em uma fração de segundo. Se não resultar em um óbito, pode causar sequelas irreversíveis
45% dos afogamentos ocorrem entre os meses de dezembro e março, período em que as crianças estão em férias escolares e, por isso, mais tempo em casa desfrutando do lazer.
O subtenente Jorge Luiz de Souza Batista, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, reforça a importância da prevenção: “Não deixar de forma alguma na praia, principalmente quando estiver na água, que a criança está aí perto de você. O ideal é que fique pelo menos um braço de distância.”
Nos últimos relatórios do CBMSC, casos de afogamento chamaram a atenção. Um menino de três anos se afogou em um açude em Jaraguá do Sul e uma criança de um ano e meio caiu na piscina do vizinho em Garopaba. Esses incidentes destacam a necessidade de medidas preventivas, como cercas em piscinas e manter baldes e banheiras vazios após o uso.
“Às vezes, uma criança se afoga e vem a óbito dentro de um balde, banheira. Usou, terminou de usar, tira toda a água, deixa o ambiente limpo”, explica o subtenente. Ele também destaca que os pais não podem confiar em aparelhos tecnológicos, como babás eletrônicas, para supervisionar as crianças: “Criança a gente não pode jamais tirar o olhar.”
Na praia, é essencial escolher locais com guarda-vidas, respeitar as bandeiras de sinalização e evitar boias infláveis inadequadas. “Água no umbigo é sinal de perigo. Isso serve para qualquer espaço”, alerta o subtenente.
A Lei Federal 14.327 de 2022 estabelece requisitos para construção e manutenção de piscinas, mas a responsabilidade pela segurança deve ser compartilhada. “Não adianta fazer campanhas educativas, colocar bandeira na praia, se a pessoa que vai se utilizar não fizer a sua parte”, conclui.