Operação Adolescência Segura: Apreensão de jovem em Criciúma e prisão em Balneário Piçarras desmantelam quadrilha de crimes cibernéticos
Operaçao foi realizada em sete estados e contou com apoio internacional para combater crimes envolvendo crianças e adolescentes.

Nesta terça-feira (15), a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com o apoio de forças de segurança de outros estados, deflagrou a operação Adolescência Segura, voltada para desarticular um grupo criminoso especializado em crimes cibernéticos envolvendo crianças e adolescentes. A lista inclui crimes de ódio, pornografia infantil e tentativa de homicídio.
A ação resultou em importantes apreensões e prisões nos estados do Rio, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, com destaque para a apreensão de um adolescente em Criciúma e a prisão de outro suspeito em Balneário Piçarras. Seis desses suspeitos têm 18 anos, mas eram menores de idade quando praticaram os crimes. Por isso, estão sujeitos às medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. No grupo há duas meninas.
Em Santa Catarina, um jovem de 17 anos foi apreendido dentro de uma escola na cidade de Criciúma. O adolescente, identificado como um dos líderes da organização criminosa, estava diretamente envolvido em atividades ilegais. Junto com outros três jovens, ele comandava a quadrilha, utilizando plataformas digitais para aliciar e manipular crianças e adolescentes em um esquema de exploração.
Além da apreensão em Criciúma, outro mandado de prisão foi cumprido em Balneário Piçarras, no litoral norte catarinense. A operação é um marco na luta contra crimes cibernéticos, sendo uma das maiores já realizadas com o objetivo de combater a exploração digital de menores.

© Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil
As investigações começaram há dois meses, quando um adolescente de 17 anos jogou dois coquetéis molotov em uma pessoa em situação de rua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O homem teve queimaduras em 70% do corpo e só recebeu alta do hospital cinco dias atrás.
A ação policial recebeu apoio fundamental de duas agências norte-americanas, que forneceram relatórios detalhados sobre o funcionamento do grupo criminoso e com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça do Brasil.