Delegado Ulisses Gabriel detalha a operação do Amber Alert Brasil em Santa Catarina

Em um passo importante para a segurança pública, a Polícia Civil de Santa Catarina acionou pela primeira vez o programa Amber Alert Brasil, um sistema criado para ajudar na localização de crianças e adolescentes desaparecidos ou em risco iminente de lesão corporal grave ou morte. O alerta foi emitido após o desaparecimento de uma adolescente de 16 anos, natural de Campo Largo, que estava visitando familiares em Joinville e foi dada como desaparecida no último sábado.

O sistema Amber Alert Brasil é uma ferramenta criada nos Estados Unidos em homenagem à Amber Hagerman, uma menina sequestrada e assassinada. O alerta, que agora é utilizado em Santa Catarina, foi possível graças a uma parceria entre a Polícia Civil e a Meta, responsável por plataformas como Facebook e Instagram. Quando um desaparecimento é registrado, a polícia entra em contato com a Meta, que, por sua vez, dispara um alerta com as características da criança ou adolescente desaparecido, além de qualquer informação relevante sobre o possível envolvimento de indivíduos no caso. O alerta é disseminado para um raio de até 160 km do local do fato ocorrido.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta quinta-feira, 20, o delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, explicou como funciona o Amber Alert Brasil. “O Amber Alert é um sistema criado nos Estados Unidos, em homenagem a uma menina chamada Amber Hagerman, que foi sequestrada e acabou sendo morta. E diante dessa situação, foi criado um alerta que homenageia essa menina em casos de desaparecimento de crianças ou adolescentes”, contou o delegado.

Ulisses Gabriel, que teve o primeiro contato com o sistema em 2014, quando estava nos Estados Unidos, compartilhou que recebeu o alerta sobre o desaparecimento de uma jovem na ocasião. “Eu estava nos Estados Unidos em 2014, e em uma oportunidade, ocorreu o desaparecimento de uma jovem. E aí, eu recebi no meu telefone esse alerta. Isso me chamou a atenção”, relembrou.

O delegado também detalhou como o Amber Alert funciona no Brasil: “Quando ocorre o desaparecimento de uma criança ou adolescente, nós fazemos um relato com a Meta e, a partir daí, a Meta dispara, nas plataformas dela, Facebook e Instagram, um alerta com informações sobre as características da criança desaparecida ou sequestrada, além de qualquer descrição de indivíduo envolvido no crime. Esse alerta fica no raio de 160 km do local do fato”, explicou.

No caso recente em Joinville, a adolescente de 16 anos foi localizada graças ao alerta emitido. “Nós tivemos o desaparecimento de uma menina de 16 anos em Joinville no último sábado, e a partir daí, fizemos o encaminhamento do nosso pedido para a Meta. A Meta disparou o alerta para a região, e isso ajudou muito na localização. A menina foi localizada e foi um instrumento essencial nesse caso”, afirmou Gabriel.

O delegado também destacou a importância dessa parceria público-privada para a segurança pública. “Nos Estados Unidos, o sistema funcionava com as empresas de telefonia, que enviavam mensagens de texto, e agora, aqui, acontece através da rede social, que é um instrumento muito utilizado pelas pessoas. Essa é uma importante parceria que pode ajudar muito na segurança pública”, enfatizou.

Além do sucesso do Amber Alert, o delegado falou também sobre outras iniciativas importantes da Polícia Civil, como a recente eleição para o Conselho Superior da instituição e a inauguração do Centro Integrado de Comando e Controle em Dionísio Cerqueira, no extremo oeste do estado. “Ontem, estive em Dionísio Cerqueira, junto com o governador Jorginho, para inaugurar o Centro Integrado de Comando e Controle. Esse centro é integrado pela Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Polícia Federal, SAMU, CIDASC e vários outros órgãos. É um centro para proteger as fronteiras e combater o tráfico de drogas”, explicou o delegado.

O Amber Alert Brasil é um sistema de alerta adotado em 2023 e que já está disponível em vários estados do país. Santa Catarina é um dos primeiros estados a utilizar essa ferramenta, que se mostrou fundamental para a segurança da população.

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