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“É ficção pensar que a SC-108 estará pronta até 2026”, alerta vereador Zairo Casagrande

Por Ligado no Sul23/07/2024 08h59
Foto/Reprodução

Cerca de um mês e meio após a entrega da ordem de serviço para o reinício das obras da SC-108, no trecho que liga Criciúma a Urussanga, os trabalhos avançaram pouco. Essa é a conclusão de uma comitiva formada por vereadores de Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga, que se reuniu na manhã da última quinta-feira, 18 de julho, com a SETEP, empresa responsável pela execução da obra. A falta de desapropriações, licenças ambientais e repasse de recursos está travando o progresso dos trabalhos da empreiteira.

A SC-108 é considerada uma via estratégica, com orçamento de R$ 262 milhões e previsão inicial de conclusão para abril de 2026. No entanto, o vereador Zairo Casagrande, de Criciúma, em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta terça-feira, 23,  mostrou-se pessimista quanto ao cumprimento desse prazo. “É ficção acreditar que a SC-108 estará pronta até 2026. Com o ritmo atual, essa obra não vai acontecer se não houver um movimento de pressão muito grande”, afirmou Casagrande. Percorremos a pé a Via Rápida diversas vezes, e vamos fazer o mesmo com a SC-108. Dia 5 de agosto, faremos uma vistoria a pé com vereadores de Urussanga, Cocal e Criciúma para elaborar um relatório sobre o estágio real da obra”, afirmou Casagrande.

Durante a reunião com a SETEP, foi constatada a necessidade urgente de desapropriações em Cocal do Sul, onde se encontram terrenos com material essencial para a base e sub-base da estrada. “Essa obra começou teoricamente em 8 de setembro de 2022. Esses problemas já deveriam ter sido resolvidos. A estrada está toda esburacada e perigosa, sem acostamento e com desníveis que podem causar acidentes graves, especialmente à noite e em períodos de chuva”, alertou o vereador.

Outro ponto crítico destacado por Casagrande é a escassez de recursos. “Os vereadores do PL de Cocal se reuniram com o governador, mas não há sinalização de liberação de dinheiro. Foi prometido que em dois anos seriam liberados R$ 60 milhões, mas até agora a empresa recebeu apenas 1,4% do valor orçado. Sem essas desapropriações, a obra vai parar, e não sabemos quais são os critérios para a distribuição dos recursos do programa Estrada Boa”, disse ele.

A SC-108 faz parte do programa Estrada Boa do governo estadual, que inclui 60 obras e impacta 200 municípios. No entanto, Casagrande enfatizou a desproporção dos recursos alocados para a obra em relação ao número de eleitores diretamente beneficiados. “Somando Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga, temos 187.200 eleitores, apenas 3,3% dos eleitores de Santa Catarina. Na geopolítica, nunca existiu um aporte de recursos desse tamanho para municípios com essa quantidade de eleitores”, observou.

Ainda durante a entrevista, Casagrande fez um apelo  os vereadores de Orleans para se unirem ao movimento destacando a importância regional da SC-108. “É um interesse regional que fala mais alto que uma simples eleição. Precisamos mostrar que, apesar do ano eleitoral, é possível trabalhar em prol do desenvolvimento da região”, concluiu.

A SC-108, que deveria melhorar a conexão entre o litoral e a serra catarinense, enfrenta um futuro incerto, com desafios que vão além dos problemas técnicos e financeiros, exigindo um esforço conjunto das lideranças políticas locais para sua viabilização.

Confira entrevista completa

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